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terça-feira, 27 de julho de 2010

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Por Carlos Roppo

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Por Carlos Roppo

O vento sopra...
Navego em teu corpo
Deslizo em tua silhueta
Teus olhos são meu leme
E em teus lábios
Sinto o sabor
Desse teu mar
De paixão
Teus cabelos
Dançam com as ondas
No vai-e-vem
Dos nossos abraços
Encontramos
Desencontramos
A bombordo
Estibordo
Entre carinhos e afagos
Continuo a navegar
Nesse teu mar
De paixão
No horizonte
O pôr-do-sol
No luar
As constelações
No meu coração
Teu nome escrito
Com teu sorriso
E navegando vou
No mar
Desta paixão

Copa Da África - Copa do Absurdo




Por Carlos Roppo

Muito se comentou na mídia escrita e falada, sobre a Copa Da África 2010 como uma Copa que mostrou ao mundo sua política de luta contra a desigualdade racial, trazendo a tona a figura mais respeitada e significativa dessa luta: o Sr. Nelson Mandela.

No quesito organização, teve na maioria das opiniões favoráveis pela maneira como foi arquitetada e construída toda a estrutura para uma Copa Do Mundo em um país dito de terceiro mundo e em um tempo recorde.

Mas a questão que gostaria de refletir é: “Será que os bilhões investidos para montar toda essa estrutura pôde amenizar os problemas sociais por quais passam a África do Sul?” ou “Será que a mesma soma bilionária irão ser investidos em projetos sociais para a melhoria da saúde, educação, moradia do povo sul-africano?”.

O Mundo se mobiliza para um evento esportivo que dura apenas um mês, enche os cofres de patrocinadores, cartolas, jogadores mercenários, redes de televisões e sem contar os bilhões que cada Delegação gastou para levar sua equipe para a Copa.

Creio que daqui alguns meses a Africa do Sul será esquecida do Mundo, e não é pessimismo barato, não, é a pura realidade!

Enquanto isso, do outro lado do estádio, crianças, mulheres, velhos, morrem de fome e poucos se mobilizam porque a grande maioria está preocupada com o “bolão” do próximo jogo, as previsões de um molusco, se “sicrano” ou “beltrano” vai ser escalado para o próximo jogo, qual será o jogador que vai se destacar ou vai marcar o maior número de gols, se recordes serão quebrados ou não...

Mas esta é a velha fórmula romana do “pão e circo”, distraindo o povo dos problemas sociais existentes e tentando amenizar o sofrimento.

Pelo menos na antiga Roma era distribuído o “pão” para acalmar a fome do povo, na Copa da África teve somente o “Circo”; o povo mesmo continua morrendo de fome, malária, febre amarela, aids e tôda sorte de moléstias.

Criticas a parte, agora caminhamos para mais um capítulo desse absurdo futebolístico mundial e vai ser em nossa casa.

Cuidado Brasil!

Adivinha quem vai pagar essa conta?

Que venha a Copa no Brasil 2014!

Você pode pensar: “Esse cara não gosta de futebol!”. Adoro futebol, mas essa Copa da África me decepcionou, não porque o Brasil foi desclassificado e não foi campeão, mesmo que tivesse sido, para mim não faria muita diferença.

Vou continuar dando duro pra ganhar “o pão nosso de cada dia”.

Infelizmente a Copa da África não vai trazer beneficio nenhum para as classes menos favorecidas, se não houver agora uma política social razoável que possa reverter todo esse investimento bilhardário em estádios e hotéis de luxo para investimentos em programas sociais.

A África do Sul precisa lutar agora por uma política de igualdade social da mesma forma com que lutaram pela igualdade racial, senão as classes menos favorecidas continuarão a mendigar o pão e a viverem de forma desumana.

Por isso digo que a Copa da África foi a Copa do Absurdo!

Aguardem cenas do próximo capítulo...

sábado, 10 de julho de 2010

Brisa






Brisa
Por Carlos Roppo

Brisa...
Vens de manhã
Fresca e suave
Acaricia minha memória
Refrigera meu coração

Com seu frescor
Me alivia da saudade
Da solidão
Da falta que me faz
Alivia minha dor

Trás teus lábios
Açucarados e Macios
Lábios de Carmim
Fino manjar
Delicia sem fim!

Trás teu perfume
Enche minhas narinas
Doce, agradável
E Suave
Perfume de jasmim...

Brisa...
Traga todos os dias
Todas as noites
Na minha mente
Em meu coração
As lembranças
Dessa paixão!